quinta-feira, 11 de junho de 2015

Até...

Chegaram ao fim três anos de aprendizagens, de atividades, de desafios, de cumplicidades, de confiança, de desespero (às vezes), de alegria muitas vezes. Conheci um 7º A hesitante, feito de olhares medrosos e angustiados, despeço-me de um 9º A seguro, tagarela e crítico, capaz de fazer escolhas, de aceitar críticas, de interpretar o que as palavras escondem.
Se correu tudo bem? Não. Houve percalços, dificuldades, momentos de desilusão. 
E é precisamente de desilusão que quero falar, ou escrever:

Não me digam palavras ocas
Não me sorriam enganos
Não me escondam o que vejo...

Quero a verdade do olhar
Quero a verdade da Palavra
Quero a honestidade das escolhas!

Tu não podias ter falhado
Tu não podias ter escrito traição 
com as letras do sorriso...
Um dia, a Vida ensinar-te-á.
Que ela te seja suave!

Como veem, meus alunos muito queridos, as Palavras podem mesmo libertar-nos. 
Calma para o exame, confiança e alegria!
São os meninos do meu coração...

Luísa Moreira

sábado, 30 de maio de 2015

Oportunidades

            Nem todos os dias temos oportunidades, as oportunidades são escassas. Há quem diga que se não conseguirmos fazer uma coisa à primeira tentativa, temos de faze-la à segunda, terceira ou até à quarta, podemos tentar as vezes que for necessário. Mas não é a mesma coisa! É completamente diferente acertar uma coisa à primeira do que à segunda ou à terceira. Mas, acho eu, o que realmente interessa em voltar a tentar, é que não desistimos, é que somos persistentes, podemos não conseguir  fazer algo logo, mas pelo menos fizemo-lo, pelo menos conseguimos faze-lo.

            Quando temos oportunidades, acho que devíamos de aproveitar, mesmo que corra mal, mesmo sabendo que não vai correr bem. Por exemplo, há umas semanas houve um trail, o utsm, no qual havia várias distâncias 100, 42 e 25 Km. Decidi então inscrever-me, visto que era uma oportunidade única de ver as paisagens maravilhosas de Portalegre. Eu já sabia que podia não correr bem, podia cair, como caí, podia torcer o pé, o que também aconteceu, podia acontecer tanta coisa. Mas, terminei o que comecei. E é esta opinião que queria deixar: - temos de tentar, mesmo que corra mal, temos de fazer o que o nosso coração nos diz para fazermos, sem medo das dificuldades. Temos de arriscar, sair da nossa zona de conforto, como uma pessoa  me disse há umas semanas.

Michelle Steyaert

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Baile

         Mais umas semanas, e acontecem os bailes de finalistas tanto do 12º ano como do 9ºano. No início, parecia tudo muito fácil, mas agora está a ser uma complicação. Uma pessoa quer uma coisa, e os outros não estão de acordo. Não se chega a um consenso.
         Estão todos, (só alguns), numa agitação para saber qual a roupa mais adequada para a festa. As raparigas hesitam se hão-de levar um vestido longo, curto ou médio. Dos rapazes nem se ouve falar. Querem todos surpreender, ser os mais bonitos.

         Acho que a ideia de baile não é muito correta. Nós estamos no 9ºano, ainda somos praticamente crianças, e já queremos ser adultos. Mas, por outro lado, até é bom imaginarmos que o somos, para darmos largas à imaginação. Espero que este tal baile seja mais um convívio entre alunos, amigos e professores, e não uma confusão de pessoas e ideias.

Michelle Steyaert

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Não é um pedaço de papel que consegue avaliar as aprendizagens feitas ao longo dos anos

Ao longo dos anos escolares somos avaliados pelo nosso desempenho  e pelos conhecimentos que vamos adquirindo ao longo do ano. A nossa avaliação é realizada de diferentes formas. Somos avaliados pelo comportamento, pelo que trabalhamos, pelos cumprimento dos trabalhos de casa, de grupo ou individuais que fazemos, pelos testes, e por tudo um pouco.
Ao longo de cada ano letivo, somos avaliados com apresentações de trabalhos e apresentações orais, e portefólios a nível de algumas disciplinas, trabalhos de casa a nível de quase todas, comportamento e conhecimentos em todas, e... pelos TESTES.
Os testes! Muitos de NÓS acham que vai ser o teste a decidir a nossa nota final, mas as coisas não são bem assim. Não são só os testes que contam para a nossa nota de final de período ou de ano, porque não é só por isso que os professores nos avaliam.
Na verdade, a nossa avaliação não é assim tão dependente dos testes, porque estes não são o único elemento de avaliação que temos. O que aprendemos e fazemos ao longo do ano, conta. O nosso empenho e trabalho marcam. Aquilo que nós fazemos, e todos os conhecimentos que adquirimos ao longo desse tempo, fazem a diferença, porque não é tudo para ser despejado nos testes, há coisas que ficam fora deles.
Em suma, não é por termos uma nota mais baixa num teste que, por obrigação, vamos baixar a nota final ou ter uma nota má. Porque todo o resto conta, ou seja, se o resto for bom não é por uma queda que vamos regredir. Toda a nossa aprendizagem deve ser avaliada naquilo que fazemos e demonstramos. Não vai ser um pequeno bocado de papel que vai decidi-la e tornar dele dependentes as nossas notas finais.

- Napita -

sábado, 16 de maio de 2015

Para a minha querida cidade …

Como eu gosto de Portalegre!
 Bonita por causa da misteriosa serra que a rodeia e de tantas marcas distintivas!
Porém, agora, e cada vez mais nos últimos anos, o vazio, o silêncio, a falta de pessoas e iniciativas parecem apoderar-se e dominar esta cidade do Alto Alentejo.
Passeio e caminho quase todos os dias nela. No entanto, diariamente, mais uma loja fecha na outrora movimentada rua do comércio; num passado demasiado distante para me lembrar e, provavelmente, para conhecer, mais algum jovem se afasta, geralmente para não voltar, e, acima de tudo, mais um habitante morre. A desertificação é, por isso, cada vez maior neste lugar sem paralelo, que continua na sombra dos interesses daqueles que lá no distante e alto decidem o futuro da região.
O dia da cidade aproxima-se, é já no próximo sábado, contudo, e embora o entusiasmo de alguns que a mim, sinceramente, me surpreende, penso que a Portalegre de Régio e de todos nós continuará, por mais uns dias, esquecida das prioridades desta “gente surda e endurecida”.
Até hoje nada mudou, mas como também não quero ser pessimista, acredito que a sorte e o destino com certeza permitirão um futuro mais promissor. Até lá, talvez reste apenas contribuir, também com o nosso empenho, e não apenas simplesmente esperar, porque tudo acabará por se alterar.


Filipe Monteiro

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Confiar

O ato de confiar em alguém é uma das melhores sensações que o ser humano pode alguma vez experimentar. Eu mesmo já tive esta sensação, e posso dizer que já houve vezes em que fiquei bem impressionado, e outras em que fiquei tristemente desapontado com o resultado final. Mas, como é óbvio, o ato de confiar em alguém é uma coisa que pode naturalmente trazer as suas diversas consequências.
A confiança é, também, algo vulgar numa amizade. E não está só presente o ato de confiar, mas também o ato de ser “confiavel”. Quando alguém confia em nós é normal sentirmos, no mínimo dos mínimos, uma pequenina pressão sobre nós, como se estivéssemos numa corda bamba entre o sucesso e o insucesso, ou entre o orgulho e o desapontamento.
Todos os dias, especialmente nós estudantes, somos obrigados a confiar e a ter alguém a confiar em nós, seja nos colegas num trabalho de Grupo, em que cada um fica responsável pela sua parte do trabalho, ou quando confiam em nós para fazermos uma simples tarefa.
Porém, acima de tudo, quando alguém confia em nós (e especialmente se for uma pessoa que nos é próxima) não devemos desapontá-la se nos comprometemos.
Por isso, apesar da importância que o ato de confiar pode ter nas relações das pessoas, há que levá-lo a sério, mas como algo natural.


João Costa