sábado, 30 de maio de 2015

Oportunidades

            Nem todos os dias temos oportunidades, as oportunidades são escassas. Há quem diga que se não conseguirmos fazer uma coisa à primeira tentativa, temos de faze-la à segunda, terceira ou até à quarta, podemos tentar as vezes que for necessário. Mas não é a mesma coisa! É completamente diferente acertar uma coisa à primeira do que à segunda ou à terceira. Mas, acho eu, o que realmente interessa em voltar a tentar, é que não desistimos, é que somos persistentes, podemos não conseguir  fazer algo logo, mas pelo menos fizemo-lo, pelo menos conseguimos faze-lo.

            Quando temos oportunidades, acho que devíamos de aproveitar, mesmo que corra mal, mesmo sabendo que não vai correr bem. Por exemplo, há umas semanas houve um trail, o utsm, no qual havia várias distâncias 100, 42 e 25 Km. Decidi então inscrever-me, visto que era uma oportunidade única de ver as paisagens maravilhosas de Portalegre. Eu já sabia que podia não correr bem, podia cair, como caí, podia torcer o pé, o que também aconteceu, podia acontecer tanta coisa. Mas, terminei o que comecei. E é esta opinião que queria deixar: - temos de tentar, mesmo que corra mal, temos de fazer o que o nosso coração nos diz para fazermos, sem medo das dificuldades. Temos de arriscar, sair da nossa zona de conforto, como uma pessoa  me disse há umas semanas.

Michelle Steyaert

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Baile

         Mais umas semanas, e acontecem os bailes de finalistas tanto do 12º ano como do 9ºano. No início, parecia tudo muito fácil, mas agora está a ser uma complicação. Uma pessoa quer uma coisa, e os outros não estão de acordo. Não se chega a um consenso.
         Estão todos, (só alguns), numa agitação para saber qual a roupa mais adequada para a festa. As raparigas hesitam se hão-de levar um vestido longo, curto ou médio. Dos rapazes nem se ouve falar. Querem todos surpreender, ser os mais bonitos.

         Acho que a ideia de baile não é muito correta. Nós estamos no 9ºano, ainda somos praticamente crianças, e já queremos ser adultos. Mas, por outro lado, até é bom imaginarmos que o somos, para darmos largas à imaginação. Espero que este tal baile seja mais um convívio entre alunos, amigos e professores, e não uma confusão de pessoas e ideias.

Michelle Steyaert

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Não é um pedaço de papel que consegue avaliar as aprendizagens feitas ao longo dos anos

Ao longo dos anos escolares somos avaliados pelo nosso desempenho  e pelos conhecimentos que vamos adquirindo ao longo do ano. A nossa avaliação é realizada de diferentes formas. Somos avaliados pelo comportamento, pelo que trabalhamos, pelos cumprimento dos trabalhos de casa, de grupo ou individuais que fazemos, pelos testes, e por tudo um pouco.
Ao longo de cada ano letivo, somos avaliados com apresentações de trabalhos e apresentações orais, e portefólios a nível de algumas disciplinas, trabalhos de casa a nível de quase todas, comportamento e conhecimentos em todas, e... pelos TESTES.
Os testes! Muitos de NÓS acham que vai ser o teste a decidir a nossa nota final, mas as coisas não são bem assim. Não são só os testes que contam para a nossa nota de final de período ou de ano, porque não é só por isso que os professores nos avaliam.
Na verdade, a nossa avaliação não é assim tão dependente dos testes, porque estes não são o único elemento de avaliação que temos. O que aprendemos e fazemos ao longo do ano, conta. O nosso empenho e trabalho marcam. Aquilo que nós fazemos, e todos os conhecimentos que adquirimos ao longo desse tempo, fazem a diferença, porque não é tudo para ser despejado nos testes, há coisas que ficam fora deles.
Em suma, não é por termos uma nota mais baixa num teste que, por obrigação, vamos baixar a nota final ou ter uma nota má. Porque todo o resto conta, ou seja, se o resto for bom não é por uma queda que vamos regredir. Toda a nossa aprendizagem deve ser avaliada naquilo que fazemos e demonstramos. Não vai ser um pequeno bocado de papel que vai decidi-la e tornar dele dependentes as nossas notas finais.

- Napita -

sábado, 16 de maio de 2015

Para a minha querida cidade …

Como eu gosto de Portalegre!
 Bonita por causa da misteriosa serra que a rodeia e de tantas marcas distintivas!
Porém, agora, e cada vez mais nos últimos anos, o vazio, o silêncio, a falta de pessoas e iniciativas parecem apoderar-se e dominar esta cidade do Alto Alentejo.
Passeio e caminho quase todos os dias nela. No entanto, diariamente, mais uma loja fecha na outrora movimentada rua do comércio; num passado demasiado distante para me lembrar e, provavelmente, para conhecer, mais algum jovem se afasta, geralmente para não voltar, e, acima de tudo, mais um habitante morre. A desertificação é, por isso, cada vez maior neste lugar sem paralelo, que continua na sombra dos interesses daqueles que lá no distante e alto decidem o futuro da região.
O dia da cidade aproxima-se, é já no próximo sábado, contudo, e embora o entusiasmo de alguns que a mim, sinceramente, me surpreende, penso que a Portalegre de Régio e de todos nós continuará, por mais uns dias, esquecida das prioridades desta “gente surda e endurecida”.
Até hoje nada mudou, mas como também não quero ser pessimista, acredito que a sorte e o destino com certeza permitirão um futuro mais promissor. Até lá, talvez reste apenas contribuir, também com o nosso empenho, e não apenas simplesmente esperar, porque tudo acabará por se alterar.


Filipe Monteiro

sexta-feira, 15 de maio de 2015

Confiar

O ato de confiar em alguém é uma das melhores sensações que o ser humano pode alguma vez experimentar. Eu mesmo já tive esta sensação, e posso dizer que já houve vezes em que fiquei bem impressionado, e outras em que fiquei tristemente desapontado com o resultado final. Mas, como é óbvio, o ato de confiar em alguém é uma coisa que pode naturalmente trazer as suas diversas consequências.
A confiança é, também, algo vulgar numa amizade. E não está só presente o ato de confiar, mas também o ato de ser “confiavel”. Quando alguém confia em nós é normal sentirmos, no mínimo dos mínimos, uma pequenina pressão sobre nós, como se estivéssemos numa corda bamba entre o sucesso e o insucesso, ou entre o orgulho e o desapontamento.
Todos os dias, especialmente nós estudantes, somos obrigados a confiar e a ter alguém a confiar em nós, seja nos colegas num trabalho de Grupo, em que cada um fica responsável pela sua parte do trabalho, ou quando confiam em nós para fazermos uma simples tarefa.
Porém, acima de tudo, quando alguém confia em nós (e especialmente se for uma pessoa que nos é próxima) não devemos desapontá-la se nos comprometemos.
Por isso, apesar da importância que o ato de confiar pode ter nas relações das pessoas, há que levá-lo a sério, mas como algo natural.


João Costa

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Outro tipo de alergias ...

                Acredito que muitos dos que estejam a ler este post tenham alergias, e estejam, neste preciso momento, a assoar-se, com os olhos inchados, com o nariz entupido e até mesmo a tomar um daqueles comprimidos, que parece ser nestes dias de Primavera a abençoada solução a que recorrem quando estão aflitos. Contudo, e felizmente porque não tenho alergias, ou pelo menos até hoje nunca tive, desejo-vos com boa vontade as melhoras, mas vou-me afastar um pouco deste tema.
                Sai de casa, a pressa era muita, o ressurgente pólen emergia das flores e árvores e começavam até a afetar-me a mim e a ele, o companheiro de todos os dias.  Chegamos então ao nosso destino, que permanece sempre o mesmo ao longo destes dias de intenso trabalho. Recebemos, como sempre, os insossos bons dias, os sorrisos premiados Mona Lisa, e os cochichos que se fingem de silenciosos. Como estas pessoas me causam alergia.
                São, no entanto, os meus companheiros. Penso que ainda o são, sinto-me um pouco estranho ao falar assim deles. Quem sabe, talvez seja a crise de valores e de verdades da era do metal, do consumo, da tecnologia ao vir ao de cima. No entanto, a uns permanece a felicidade, a generosidade e a preciosa genuinidade, (que penso gasta em mim), e que tanto admiro. Talvez seja a altura de tentar mudar por parte de alguns (e talvez eu próprio), mas essa decisão não me cabe só a mim. Eu  queria alcançar o mundo inalcançável e perfeito dos sonhos.
                Contudo, quaisquer semelhanças com uma crítica não passam disso! Afinal, eu vim aqui para falar de alergias, e, por vezes, quem me dera poder tomar um antialérgico que me pudesse curar também estas irritações.

Filipe Monteiro

               

terça-feira, 12 de maio de 2015

Alergias

O pólen já anda pelo ar e, como em todas as Primaveras, lá vêm elas: as nossas amigas alergias, acompanhadas de espirros e tosse, e que parecem não querer de maneira nenhuma largar-nos, especialmente este ano.
Como todos sabemos, as alergias costumam ser algo bastante irritante, especialmente nos dias de calor e sol forte! Como se não bastasse o calor e o suor, ainda temos que gastar montanhas de pacotes de lenços o dia inteiro.
E, o pior, é que esta época é tão má para as pessoas com alergias como para os médicos, que andam numa agitação, a receitar uns medicamentos e um “aerius” para ali, um “pulmicort” para acolá... parece uma lista que nunca mais acaba!

Seja de que maneira for, eu espero bem que, pelo menos no dia do exame, isto não esteja tão mal, pois acho que é quase impossível alguém conseguir concentrar-se assim.


João Costa

domingo, 10 de maio de 2015

Tempo perdido e nunca recuperado

            O tempo caracteriza-se pelo decorrer de todas as atividades que realizamos, pelas experiências que vamos adquirindo, incluindo, por isso, tudo o que aproveitamos ou não durante o quotidiano. Assim, é fundamental aproveitarmos cada momento intensamente, pois o tempo talvez seja mesmo a única coisa irrecuperável na vida, e ,por vezes, esquecemos esta sua característica peculiar.
            Apesar de não podermos recuperar o tempo perdido, devemos tentar aproveitar todos os momentos, traduzindo esta necessidade em tentar não ceder aos vícios da humanidade, como a preguiça ou a cobardia de enfrentar os nossos receios e medos. No entanto, prefiro falar neste texto sobre todos os momentos especiais que não podemos voltar a aproveitar por serem simplesmente oportunidades, que dado o sentido literal desta palavra, são únicas.
            Todos os indivíduos tendem a desperdiçá-las, e, especialmente depois dos fantásticos momentos que vivi a semana passada, com as atividades interessantes e outros acontecimentos menos positivos, percebi que devemos viver intensamente cada momento, sem estar constantemente a pensar como vai ser o futuro.
            Devemos também conservar as recordações, porque o que são mais os seres humanos do que o resultado do que vivem e do que viveram. Desta forma, ganhar o tempo aproveitando-o, deve ser uma prioridade para crescermos e vivermos plenamente.

Filipe Monteiro
         

quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vergonha

Foi há pouco tempo que se realizou um suposto exame nacional de Inglês. Todos os alunos foram obrigados, logo desde o início do ano, a fazer uma prova de inglês do Cambridge. Até aqui parece perfeitamente normal que se realize um exame a Inglês para aferir o nível de inglês dos estudantes em Portugal, tal como se fez durante muitos anos com os testes intermédios, que apenas contavam para uma média de escola e não para a média do aluno.
Supostamente, o exame, segundo boatos, e nada mais do que isso, no início do ano iria contar 30% da nota final, tal como os outros exames nacionais. No final do 2º período, passou a ter o peso de um teste. E, semanas antes do exame, já se constava entre professores que nada valeria na média final. Ora como pode um exame ser tão polémico? Porque é que nenhuma informação exata foi emitida por parte do ministério da educação? Apenas foi comunicado, em despacho a todas as escola,s que os alunos teriam de realizar um exame dividido em Reading, writing, listening e speaking. E se quisesse obter um certificado das suas habilitações, teria de pagar 25 euros ao Instituto Cambridge.
Começa-se a perceber o porquê de tanta indignação da minha parte... Mas, como se não bastasse, o exame custa ao Estado Português 250000 euros, além de ter que dar dias de férias aos professores que irão corrigir as provas. Ou seja, o governo gasta ¼ de milhão para o instituto mandar para Portugal uma prova, e emprestar o software para corrigir a escolha múltipla, restando para os coitados dos professores de inglês a correção dos textos. Uma vergonha, já que seria compreensível que por um preço deste tivesse incluído toda a correção, cabendo apenas ao Estado Português a logística com as escolas, como em qualquer outro exame.
Começa-se a formar uma longa lista de coisas incompreensíveis. Mas falta muito para acabar. Como fomos informados, o exame é preenchido a lápis, sendo também assinado a lápis. Supõe-se que o exame seja um texto/documento oficial, e, por isso, preenchido a caneta. Quem me vai garantir que as respostas dadas em exame não poderão ser alteradas? Não poderá apenas o meu professor de inglês, apenas porque quer ficar com louros de um bom resultado, alterar as minhas respostas, ou o contrário? Só por isso o exame perde toda a sua credibilidade.
Falta apenas referir mais um ponto, mas que poderá deitar abaixo a farsa a que chamam exame. No início do exame é nos dado um inquérito para preencher. Ora este inquérito levanta muitas dúvidas sobre a sua validade. Sendo eu menor de 18 anos, supõe-se que o meu encarregado de educação me terá de dar autorização para preencher qualquer tipo de inquérito. Além disso, eu sou obrigado a assinar e o inquérito segue para não se sabe onde, com uma assinatura, sem uma garantia da proteção de dados. Nunca se viu tal coisa acontecer.
Sou conhecido por me revoltar com facilidade, mas isto supera os limites. O estado português e o ministério da educação manipulam os alunos e deitam fora professores! Com isto, parece que querem o povo burro, porque quanto mais burro o povo é, mais poder ganham os tiranos e ditadores.
Como defensor da democracia, não posso deixar que isto passe em claro. Porque em Portugal fazem-se todos os anos exames com o maior sigilo possível, e,  com este exame, ninguém se preocupa. É grave o que aconteceu. Não se pode deixar passar isso em claro!


Miguel Ferro