Sai de
casa, a pressa era muita, o ressurgente pólen emergia das flores e árvores e
começavam até a afetar-me a mim e a ele, o companheiro de todos os dias. Chegamos então ao nosso destino, que permanece sempre o mesmo ao longo
destes dias de intenso trabalho. Recebemos, como sempre, os insossos bons dias,
os sorrisos premiados Mona Lisa, e os cochichos que se fingem de silenciosos.
Como estas pessoas me causam alergia.
São, no
entanto, os meus companheiros. Penso que ainda o são, sinto-me um pouco estranho
ao falar assim deles. Quem sabe, talvez seja a crise de valores e de verdades
da era do metal, do consumo, da tecnologia ao vir ao de cima. No entanto, a uns
permanece a felicidade, a generosidade e a preciosa genuinidade, (que penso
gasta em mim), e que tanto admiro. Talvez seja a altura de tentar mudar por
parte de alguns (e talvez eu próprio), mas essa decisão não me cabe só a mim. Eu queria alcançar o mundo inalcançável e perfeito dos sonhos.
Contudo,
quaisquer semelhanças com uma crítica não passam disso! Afinal, eu vim aqui para
falar de alergias, e, por vezes, quem me dera poder tomar um antialérgico que
me pudesse curar também estas irritações.
Filipe Monteiro
Filipe, não há Kestines que resolvam isso mas, acredita, nós vamos criando anticorpos...
ResponderEliminarMuito interessante!
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