domingo, 8 de fevereiro de 2015

Lar doce lar

Antigamente nas casas portuguesas, as mais humildes, tinham à entrada um azulejo pregado na parede com os seguintes dizeres: Lar doce lar. É claro que a doçura do lar por vezes era bastante amarga, e de doce só aquela palavra inscrita no azulejo.
Hoje é piroso ter-se um azulejo desses, mudam-se os tempos mudam-se as vontades. Mas o que não mudou foi a amargura do lar. Quase todos os dias os noticiários contemplam-nos com histórias invulgares e, talvez, bizarras, marido mata a mulher, marido agride mulher, marido mata mulher e filhos, marido mata sogra e mulher… onde vai parar assim a sociedade com tanta violência? Afinal parece que nada mudou. A violência doméstica ainda não é pirosa, e parece estar na moda.

Como é possível que o ser humano veja o seu par como um meio, um objeto, e nunca como uma pessoa digna de ser tratada com respeito? Como podemos combater este flagelo, tormento, que se entranha nalgumas casas portuguesas?

-Afonso-

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