Antigamente nas casas portuguesas, as mais
humildes, tinham à entrada um azulejo pregado na parede com os seguintes
dizeres: Lar doce lar. É claro que a doçura do lar por vezes era bastante amarga,
e de doce só aquela palavra inscrita no azulejo.
Hoje é piroso ter-se um azulejo desses, mudam-se
os tempos mudam-se as vontades. Mas o que não mudou foi a amargura do lar. Quase
todos os dias os noticiários contemplam-nos com histórias invulgares e, talvez,
bizarras, marido mata a mulher, marido agride mulher, marido mata mulher e
filhos, marido mata sogra e mulher… onde vai parar assim a sociedade com tanta violência?
Afinal parece que nada mudou. A violência doméstica ainda não é pirosa, e
parece estar na moda.
Como é possível que o ser humano veja o seu par
como um meio, um objeto, e nunca como uma pessoa digna de ser tratada com
respeito? Como podemos combater este flagelo, tormento, que se entranha
nalgumas casas portuguesas?
-Afonso-
-Afonso-
Sem comentários:
Enviar um comentário