sábado, 17 de janeiro de 2015

Não quero ser mais um...

Não quero ser mais um texto. Fartei-me de parágrafos, hífens, acentos, vírgulas, pontuação, letras, sílabas, palavras, frases, números… Fartei-me de fazer sentido. Cansei-me de, uns dias, ser escritor, e outros ser apenas mais um texto naquele portefólio. Não quero mais depender da caneta, do corretor e daquelas mãos pensativas… Já não quero ser escrito, quero poder escrever. Já não quero ser um texto, mas sim fazer um texto!                                                   
Se tenho destino? Tenho pois, ser um texto. Agora, se sou prosa, poesia, rima ou diálogo? Aí, nem sempre já estou destinado…                                                                                    Não quero mais fazer parte do “ABC”. Não quero ser metáfora, comparação, personificação, enumeração ou qualquer outro recurso…                                                                                        
Folhas, cadernos, dossiês, mochilas, canetas, lápis, rascunhos, borrachas, corretores, pensamentos, opiniões, desabafos, para quê continuar com todos estes, se já muitos me passaram e partilharam as suas vidas comigo?! 
Não sou dicionário, mas sei mais que ele…Sou culto. Apenas no que toca ao escrever, produzir, trabalhar, fazer o Português! Será que no chinês serei assim tão culto?! Por isso, quero explorar, investigar e conhecer o Mundo de uma outra forma… Queria a liberdade de poder ter escolhido se queria, realmente ser, ou não, um texto…


-Mariana-

1 comentário:

  1. Gostei IMENSO, Mariana! Pela originalidade, pela criatividade e também pela forma!

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