Hoje, fez frio. Um
frio, não só feito da descida dos graus no termómetro, mas também daqueles que nos faz
ficar imóveis, apertados, congelados. Ausentes de qualquer tipo de calor ou carinho
interior. Por algum tempo, a minha pulsação ficou fraca e lenta. Diz-me que não
foste. Que não partiste deste mundo, assim, simplesmente, sem qualquer tipo de
explicação, aviso, ou resposta às minhas mil tentativas de saber como estavas. Contraria
estes meus pensamentos, declarando que, apenas, andas por aí, alegremente, em
estradas que não percorro, atravessando jardins dos quais não tenho conhecimento
e parando em locais bem diferentes dos meus. Garante-me só que, pelo menos, o céu
para qual olho, agora, é o mesmo que o teu, ostentando o mesmo número exato de estrelas. Se assim for, eu voltarei a mim. Ficarei bem. Afinal, será só uma questão de
distância. Não um Adeus!
- Aurora
Gostei. Gostei da dinâmica do texto, senti as ausências que partilhas. Faz bem ler...
ResponderEliminarA vossa semana acaba amanhã e apenas a Ana Aurora colocou um texto?! Estão a dormir? Ou a brincar com o fogo???
ResponderEliminarÉ verdade, como a distância nos rouba tempo a recear o mal. É pena, que todos associem a distância a aspecto negativos. Porém, não tem de ser assim, pode vir a ser a chave para a felicidade. Adorei o texto, sem dúvida. Eram algumas das palavras que mais precisava de ouvir neste momento. Adorei, simplesmente.
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