Já todos passámos por aquele momento… Aquele momento em que,
na hora certa, aparece uma pessoa que nos diz:
-É a tua vez.
A seguir, após refletirmos um pouco, preparando-nos física e
psicologicamente, avançamos para O Palco.
Chegado ao palco, abrem-se as cortinas e ficamos totalmente
expostos. Ouvem-se os aplausos e, como uma espada cravada no peito, faz-se o
silêncio… um silêncio tão profundo e tão terrível, que se apodera do nosso
corpo, tornando os pensamentos embaciados. A voz fica trémula, e a cabeça
parece que vai quase rebentar de tanta pressão. Mas o pior de tudo é que,
quando eu vou ao palco, esqueço-me de que a minha mente não está comigo… está
nos bastidores a olhar para mim e a criticar-me constante e silenciosamente…
João Costa
Um texto com sentido João Pedro, gostei. A vida,muitas vezes, é também um palco onde cada um desfila como pode, ou como o deixam, ou como é possível. Raras vezes, como quer...
ResponderEliminarMuito giro
ResponderEliminarAdorei o texto. E sabes, até eu que estou habituada a verdadeiros palcos, depois de tantos anos de prática, são raras, muito raras as vezes que não fico nervosa. Mas consigo-me controlar, simplesmente porque associo muito, a vida a um palco. Lá está, todos os dias, a todas as horas, estamos a representar, pensa nisto.
ResponderEliminarPenso que o que nos causa aquele "nervosismo" não é o que vamos fazer, mas sim que está a ver. O público. É aquilo que (pelo menos eu) tememos. Os olhares. Os comentários. Há que ter força para enfrentar tudo isso, pois nós subimos ao palco com um objetivo e só saímos de lá, quando este for concretizado.
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